Progcast - Sua Dose Semanal de Rock Progressivo

Amon Amarth – “Surtur Rising”


Mais um dos grandes nomes do MeloDeath sueco, o Amon Amarth consegue ter um grande diferecial que é o flerte maior com o Death Metal mais tradicional e a temática épica viking, que reflete inclusive na sua música, e na minha opinião, colocam a banda como o maior representante do estilo em todo o mundo.

Depois de “Twilight Of The Thunder God”, um dos melhores álbuns do estilo já lançados, tanto na parte musical quanto visual, alavancou o reconhecimento do Amon Amarth, fazendo com que “Surtur Rising”, o oitavo álbum da carreira atingisse números expressivos tanto nos EUA quanto no Canadá.

Lançado em 29 de Março via Metal Blade, a versão Deluxe acompanhava um boneco da capa, um item numerado e de muito bom gosto, um típico produto que nunca chegará no Brasil.

A épica “War Of The Gods” abre o disco com riffs certeiros e flertando com Heavy Tradicional, mas o desenvolvimento da música, aliado aos urros cada vez mais insanos de Johan Hegg e a sons de batalhas, fazem dessa o início perfeito para um disco desse nível. Mais cadenciada, “Tock’s Taunt: Loke’s Treachery Part II” tem um clima muito mais soturno, com sopros de Black Metal melódico aqui e ali, que se encaixam a música perfeitamente, assim como na agressiva “Destroyer Of The Universe”, lembrando ainda mais a música extrema escandinava dos anos 90. “Slaves Of Fear” é uma música basicamente complicada de definir, com um riff estranho, mas ainda assim MUITO Viking, MUITO honrado e MUITO épico, principalmente no refrão, como em “Live Without Regreats”, que lembra muito a fase antiga da banda, uma pegada bem rápida.

“The Last Stand Of Frej” abre a segunda parte do álbum com um mid-tempo que chega a dar nervosa, com sopros de Doom Metal aqui e ali, quase Sabbathica, como se estivesse em meio a um campo de batalha e está chovendo para caral**, uma música que se desenvolve de forma inesperada, sendo um dos maiores destaques do disco. Em seguida, porém, “For Victory Or Death” traz um que de Sabaton, nem tão brutal, mas carregada de um fightwill inacreditável, a exemplo também de “Wrath Of The Norsemen”, mais cadenciada e que deixa novamente claro um aspecto do Amon Amarth nem sempre valorizado: a capacidade de contar uma história nas suas letras. “A Beast I Am”, com seu riff mais tradicional aliado a uma das baterias mais insanas que eles já gravaram traz um requinte todo especial, com certeza algo a ser tocado nos shows só para ver o tamanho do mosh que se abre na pista. E o pé sai um pouco do acelerador novamente na otimamente orquestrada “Doom Over Dead Man”, que encerra o disco de forma soturna, mas não menos épica, menos vitoriosa, menos fightwill, menos… VIKING!

Amon Amarth, não são apenas os maiores representantes atuais do Viking Metal, como posso dizer que são a personificação de todo um estilo. Estão a milhares de milhas a frente de toda e qualquer outra em sua vertente. Sem mais.

01. War Of The Gods
02. Tock’s Taunt: Loke’s Treachery Part II
03. Destroyer Of the Universe
04. Slaves Of Fear
05. Live Without Regreats
06. The Last Stand Of Frej
07. For Victory Or Death
08. Wrath Of The Norsemen
09. A Beast I Am
10. Doom Over Dead Man

Nota 10

Surtur Rising Amon Amarth

Tracklist

Lineup

Rroio

Viking oriental colecionador de discos, músico frustrado e um eterno incansável explorador dos mais obscuros confins do mundo da música.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *