Wishbone Ash: Cinza do osso dos desejos
1970 – Wishbone Ash
Poucas são as bandas na história que conseguem explodir já com o seu debut (se não contarmos os megaprojetos envolvendo artistas famigerados), e o Wishbone Ash é um deles, em parte devido ao apadrinhamento de Ritchie Blackmore, que em uma demonstração rara de humildade, permitiu que o guitarrista Andy Powell fizesse uma Jam com ele durante uma passagem de som de um show do Deep Purple. A capa nada mais é do que uma representação do famoso “ossinho da sorte”, que segundo o dito popular, cada um segura de um lado e, ao puxar, dependendo do lado que quebrar, o desejo da pessoa se realiza. Nada mais que um rito pagão de sacrifício envolvendo restos mortais (acho que é “clavícula” de uma ave… daquelas que incomodamente achamos no frango).
1971 – Pilgrimage
Uma criação psicodélica de Storm Thorgerson e sua companhia Hipgnosis. Sombras de árvores em tom amarelo não é algo lá tão criativo nem relacionado ao disco, mas tudo bem…
1972 – Argus
De certo o trabalho mais famoso da banda, e que segundo as boas línguas é o seu ápice criativo. O título, “Argus” pode ser interpretado de diversas formas: a palavra pode se referir desde á uma espécie de pássaro e borboleta, até marcas de carros. Porém, as referências mais prováveis são: um rei grego, um cara que construiu a arca dos Argonautas (lembram daquele filme tosquíssimo dos anos 80?), um dos filhos de Zeus, ou, o mais improvável (ou não, já que não vemos a cara do sujeito na capa), um gigante de mil olhos.
1973 – Wishbone Four
Toda banda tem a sua capa vergonhosa. Essa é a deles.
1974 – There’s The Rub
E dá-lhe mais vergonha alheia. Nesse caso, é basicamente uma versão inglesa e menos homoerótica da icônica capa de “Balls To The Wall”, dos alemães do Accept (novamente me vem a imagem algum maluco pulando de saco em um muro). Apesar do título tirado em uma passagem da obra Hamlet (não precisa falar de quem é, certo?), a capa mostra um jogador de cricket, LUSTRANDO a sua bola (em teoria, essa é uma estratégia bem comum em um jogo… vou te dizer esses ingleses).
Viking oriental colecionador de discos, músico frustrado e um eterno incansável explorador dos mais obscuros confins do mundo da música.