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Terminus: Weezer – “Hurley”


Se você tem acompanhado o Rock mainstream nos últimos anos, com certeza não ficou alheio ao Weezer, uma banda que, apesar da sonoridade alternativa (às vezes quase adolescente), tem se mantido na ativa por quase 20 anos, com uma discografia de causar inveja a muitas bandas por aí.

Apesar dos sucessos que “The Blue Album” e “Pinkerton” possam ter sido, foi definitivamente com o chamado “The Red Album” que a banda explodiu, emplacando vários singles e chegando a atingir a marca de 9 milhões de cópias vendidas. O trabalho seguinte, “Raditude”, porém, parece ter sido meio que feito às pressas (chegou às lojas menos deu m ano depois do álbum vermelho), o que gerou uma reação dividida por parte dos fãs. E para desespero, pouco tempo depois, anunciaram que já tinham mais músicas e que o novo álbum deveria sair já em 2010.

E os “problemas” não param por aí: a divulgação da capa torceu o nariz de muita gente, já que a cara de Jorge Garcia (o famoso Hurley, de Lost) estava estampada ali (não que as outras sejam um primor, mas…) e levantou questões sobre o que Rivers Cuomo aprontaria dessa vez.

Bom, podemos dizer que o Punk Alternativo de “Memories” traz o Weezer maluco e sem sentido que as pessoas esperam, com uma levada rápida e uma letra que vai levantar multidões por aí, enquanto “Ruling Me” e “Trainwrecks” são boas desculpas para se ouvir um Pop dos mais safados muito semelhante as Teen Idols que inundam a programação da MTV. A primeira balada “Unspoken” lembra incomodamente o Oasis, ao passo que “Where’s My Sex” tem um levíssimo toque de Grunge e “Runaway” retoma o clima Pop, mas desta vez não convencendo de jeito nenhum. Porém, ela é ótima em comparação com “Hang On”, onde eles tentam horrivelmente soar como o Coldplay, com um resultado nefasto.

“Smart Girls” com o clima despojado clássico do Weezer e a alternativíssima “Brave New World” consegue retomar o rumo do disco, auxiliada pela mezzo-country “Time Flies”. Porém, a completamente desnecessária e provavelmente fruto de uma longa viagem induzida por uso de entorpecentes “All My Friends Are Insects” quase põe tudo a perder, salvo no último instante pela versão de “Viva La Vida” de Coldplay, aparentemente ao vivo em algum lugar, e a balada (simples e bobinha, mas legal) “I Want To Be Something”. A versão deluxe fecha com “Represent”, uma versão mixada, com um peso extra.

Dizem as más línguas que o último sopro de real criatividade do Weezer foi com o Red Album, e que desde “Raditude”, parece que a banda parece estar tentando enfiar trabalho novo atrás de trabalho novo goela abaixo dos fãs. Particularmente, é um exagero lançar 3 álbuns em menos de dois anos e faz parecer que qualquer música composta, por mais bizarra que seja, está sendo lançada (incluindo aí o “Death To False Metal”, com supostas sobras de estúdio).

O Weezer parece estar se aproximando cada vez mais do lado comercial e Pop da coisa, flertando cada vez menos com a música livre e espontânea de outrora. Vamos ver quais serão os próximos passos.

01. Memories
02. Ruling Me
03. Trainwrecks
04. Unspoken
05. Where’s My Sex?
06. Run Away
07. Hang On
08. Smart Girls
09. Brave New World
10. Time Flies
11. All My Friends Are Insects
12. Viva La Vida
13. I Want To Be Something
14. Represent (Rocked Out mix)

Nota 6


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Terminus: Weezer – “Hurley”

Tracklist

Lineup

Rroio

Viking oriental colecionador de discos, músico frustrado e um eterno incansável explorador dos mais obscuros confins do mundo da música.

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