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Soilwork – “The Panic Broadcast”


Um dos grandes nomes do MeloDeath sueco, ao lado de Dark Tranquillity, In Flames, Arch Enemy e At The Gates, o Soilwork é um dos membros do panteão de Gotemburgo (apesar de serem de Helsingborg, mas isso não vem ao caso), e assim como qualquer outro de seus companheiros, tem uma sonoridade e sentimentos únicos, que vão muito além da música.

Depois de uma série de álbuns de qualidade indubitável, como “Stabbing The Drama” e o irretocável “Sworn To A Great Divide”, “The Panic Broadcast” é o oitavo full-length da banda e marca o retorno do fundador Peter Wichers no posto de guitarrista, bem como a entrada de Sylvain Coudret, substituindo Ola Frenning e Daniel Antonsson.

Produzido no Fascination Street Studio pelo próprio Wichers e mixado por Jens Bogren, o álbum tinha como objetivo soar mais técnico e abrangente, algo inesperado para um álbum que vendeu mais de 5000 cópias na semana de lançamento nos EUA. Com a arte desenvolvida por Bartosz Nalezinski, e segundo o vocalista Bjorn, é uma representação do imperador da ilusão, trabalhando em favor do falso juízo, enquanto o caos cresce lentamente por trás dele (as próprias figuras do encarte parecem ter significados mais profundos, com símbolos e tal).

O álbum começa de forma brutal com “Late For The Kill, Early For The Slaughter” (título genial), esmigalhando os ouvidos de porcelana mais despreparados, com boas doses de riffs em baixa afinação e blastbeats, cortesia de um Dirk Verbeuren solto e criativo. Fica perceptível também o desempenho de Bjorn Strid, muito mais berrado e não tão gutural assim, lembrando um pouco (de longe) o estilo de Peter Dolving (do The Haunted), um efeito muito legal que ele não havia explorado muito até então. “Two Lives Worth Of Reckoning” dão continuidade ao massacre sonora, um pouco mais cadenciado e com um refrão inacreditável de tão pegajoso, com um clima honrado pairando no ar, e algumas partes que lembram muito o Arch Enemy, diferentemente da semi-Groove, semi-Metalcore “The Thrill”, o que já nos mostra que esse pode ser considerado um dos mais dinâmicos trabalhos da banda até agora, agregando diversas influências. “Deliverance Is Mine” foi divulgada como o primeiro vídeo do álbum, dando continuidade ao vídeo de “Light The Torch”, com os mesmos personagens, e com certeza é uma escolha acertada, trazendo elementos clássicos do Soilwork, além de uma pitada meio Hardcore em alguns momentos, assim como “Night Comes Clean”, que poderia muito bem ter estado no álbum anterior “Sworn To A Great Divide”. A sexta música, “King Of The Threshold” pode ser considerada uma das mais epicamente agressivas e estúpidas músicas dos suecos, com aquela típica brutalidade nas guitarras e na bateria, onde parece que os músicos perderão o ritmo a qualquer momento… com certeza vai ser um momento violento nas apresentações ao vivo, totalmente o oposto da belíssima “Let This River Flow”, o primeiro single do disco, com riffs cadenciados e um refrão que insiste em ficar no repeat.

Toques meio industriais ditam “Epitome”, totalmente quebrada e Bjorn explorando umas camadas diferentes do usual, e podemos dizer que seja a “balada” do álbum, enquanto “The Akuma Afterglow” é uma ótima música para deslocar pescoços, com seus riffs certeiros e o refrão melodioso, bem Metalcore em alguns momentos. “Enter Dog Of Pavlov” encerra a versão standard do disco, como a maior do álbum em seus épicos 5:36, mesclando passagens acústicas, riffs Thrash Metal, vocais Hardcore. Essa versão Pre-Order, vem com duas bônus tracks e mais um DVD (com conteúdo bem chinfrim, diga-se de passagem): as músicas “Sweet Demise” e “Distance (Drop’s Electrip Enhancement)”. A primeira lembra um pouco o Dark Tranquillity, no começo, mas acaba virando mais um Soilwork standard mesmo, com uma bela passagem acústica/atmosférica no meio, enquanto “Distance…” tem toques eletrônicos (Strid totalmente distorcido) e passagens bem modernosos, lembrando em alguns momentos uma mistura da banda Pain com o novo Sonic Syndicate, culminando em um refrão dos mais pegajosos. Diferente e com um resultado ótimo, com certeza algo a ser explorado melhor no futuro.

Particularmente, depois do ótimo “Sworn To A Great Divide”, eu não sabia para qual rumo o Soilwork poderia seguir, pois aquele era pra mim o seu trabalho definitivo. “The Panic Broadcast”, porém, trouxe uma roupagem mais livre, dinâmica e até mesmo técnica para a banda, que conseguiu manter a fórmula do antecessor e ainda aprimorá-la com toques diferenciados. Hora de uma turnê brasileira…

01. Late For The Kill, Early For The Slaughter
02. Two Lives Worth Of Reckoning
03. The Thrill
04. Deliverance Is Mine
05. Night Comes Clean
06. King Of The Threshold
07. Let This River Flow
08. Epitome
09. The Akuma Afterglow
10. Enter Dog Of Pavlov
11. Sweet Demise
12. Distance (Drop’s Electrip Enhancement)

Line-up:
Björn “Speed” Strid – Vocals
Peter Wichers – Lead Guitars
Sylvain Coudret – Rhythm Guitars
Ola Flink – Bass
Sven Karlsson – Keyboards
Dirk Verbeuren – Drums

Nota 10

Bons sonhos


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Soilwork – “The Panic Broadcast”

Tracklist

Lineup

Rroio

Viking oriental colecionador de discos, músico frustrado e um eterno incansável explorador dos mais obscuros confins do mundo da música.

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