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Terminus: Rage – “Strings To A Web”


O Rage é uma daquelas bandas que se modificou com o passar do tempo e conseguiu se adaptar as novas tendências de produção, mas sempre mantendo a sua proposta de unir o Thrash/Speed Metal com o Power alemão dos anos 80, de forma que sempre teve um direcionamento técnico e complexo, aproximando em diversos momentos do Prog metal.

Nas últimas duas décadas, a regularidade com que tem lançado álbuns de qualidade em um curto espaço de tempo, e apesar da troca de integrantes terem sido freqüentes, a dupla Peter Wagner e Victor Smolski se provou uma das mais entrosadas e criativas de compositores do Metal.

“Strings To A Web” já é o 19º álbum da carreira da banda e a essa altura da banda, não espanta saber que eles têm o seu próprio estúdio e conseguem se autoproduzir. Lançado oficialmente em 5 de fevereiro via Nuclear Blast, o famoso mascote da banda (Perfect Man?) aparece bisonhamente sob a forma de uma aranha em uma teia, representando o título do álbum.


E a pedrada “The Edge Of Darkness” traz o mesmo Rage desde o clássico “Unity”, com riffs certeiros, um baixo presente (que vai além do óbvio) e a bateria realmente funcionando como um instrumento, além, óbvio das melodias extremamente pegajosas e refrões a serem cantados a plenos pulmões, especialidade do chefão Peavy. E tudo isso continua em “Hunter and Prey”, a melódica “Into The Light” (talvez uma referência ao trabalho de Smolski no Nuclear Blast Allstars) e a quase sacana “The Beggar’s Last Dime”, resgatando uns toques de Heavy Tradicional alemão lá do começo da década de 80. Em seguida, “Empty Hollow” dá início à suíte orquestral que aparentemente todos os álbuns dos caras vão ter agora, a exemplo de “Lingua Mortis”, abrangendo a faixa título, “Fatal Grace”, a bela “Connected” e “Empty Hollow (Reprise)”, totalizando mais de dezesseis minutos como se fosse apenas uma grande viagem musical.

Retomando o padrão do disco, mais riffs diretos no ouvinte com “Saviour Of The Dead” e o seu clima marcial e cadenciado e a novamente nostálgica “Hellgirl”, uma música que serve para deixar qualquer um pra cima. E o clima continua com a Thrashy “Purified”, provavelmente uma das músicas mais pesadas compostas na era pós-anos 90. Encerrando o álbum, a belíssima “Through Ages” (uma letra ótima) e “Tomorrow Never Comes” são basicamente uma música só e sabe se lá por qual motivo foram separadas, mas fecham com chave de ouro mais um ótimo trabalho do Rage, uma típica banda que permanece na sua zona de conforto, nunca decepciona e eventualmente surpreende.

01. Edge Of Darkness
02. Hunter And Prey
03. Into The Light
04. The Beggar’s Last Dime
05. Empty Hollow
06. Strings To A Web
07. Fatal Grace
08. Connected
09. Empty Hollow (Reprise)
10. Saviour Of The Dead
11. Hellgirl
12. Purified
13. Through Ages
14. Tomorrow Never Comes

Nota 8

“Strings To A Web” Terminus: Rage

Tracklist

Lineup

Rroio

Viking oriental colecionador de discos, músico frustrado e um eterno incansável explorador dos mais obscuros confins do mundo da música.

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