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Sum41 – “Screaming Bloody Murder”


O punk dos canadenses do Sum41 sempre foi um dos mais diversificados e interessantes de ouvir, mostrando influências do pop ao Heavy Metal de forma bem natural. O clássico álbum “All Killer, No Filter” é um dos mais bem sucedidos do estilo até hoje, sucesso que não foi exatamente repetido nos próximos lançamentos.

“Screaming Bloody Murder” é o quinto álbum de estúdio dos caras e foi um dos mais demorados para ficar pronto, com idas e vindas do estídio, troca de produtores, pressões de datas da gravadora e todos aqueles pepinos empresariais. Mas, podemos dizer que a demora valeu a pena.

Talvez por causa do título, pela arte gráfica e pelos nomes das músicas, não consigo NÃO relacionar esse álbum com a série “Sin City”, de Frank Miller (da mesma forma que os últimos do My Chemical Romance e Green Day na minha cabeça têm um clima bem HQ), e o começo meio teatral com “Reason To Believe” contribui ainda mais pra isso. Fugindo um pouco do Punk mais Pop e convencional, investindo em interpretações vocais diferenciadas e mudanças de andamento mais freqüentes do que o usual, o álbum segue com a faixa título (com um climão bem anos 90) e a bem diferente “Skumfuk”, um dos maiores destaques. “Time For You To Go”, porém, dá uma brecada na empolgação, pelo fato de ser uma música bem genérica (e uma letra meio boba até) que não cheira nem fede no meio do tracklist. Por sorte, “Jessica Kill” retoma o ritmo de qualidade do disco lá em cima, e apesar do clima de “já ouvi isso em outra banda” é diversão garantida, e mesmo a baladinha “What Am I To Say?”, com seus versos “nick-de-msn-adolescente-magoado” soa muito agradável, principalmente pelo final bem teatral. Em seguida, “Holy Image Of Lies” demonstra ser uma parte bem importante no disco, mostrando várias facetas da banda em menos de 4 minutos, mantendo o clima bem teatral/conceitual.

E ela basicamente dá início a “Sick Of Everyone”, que soa quase como um “Volbeat norte-americanizado” (ok, meio exagerado) e “Happiness Machine” vai incomodar bastante quem gostou do último álbum do My Chemical Romance (é uma música bem legal, todavia). Mais uma baladinha conduzida no piano, “Crash” é bem legal e também se destaca das demais, enquanto “Blood In My Eyes”, que me desculpem os mais true-from-hell, mas tem uns riffs Heavy Metal perfeitos pra quebrar alguns pescoços (bem Iron Maiden), apesar de a música em si ser uma coisa até meio climática, com ênfase nos vocais. E mais clima noventista com “Baby You Don’t Wanna Know”, uma música ótima que ficaria melhor sem efeitos na voz, e o ótimo encerramento do disco com “Back Where I Belong”, uma música bem Punk classiquera, perfeita pra fechar um álbum diferente e inusitado, que só termina mesmo com a esquisita “Exit Song”, aquelas faixas que só álbuns teatrais assim proporcionam.

Possivelmente quem curte o lado mais Punk da coisa não vai gostar tanto assim do álbum, pois ele tenta sair do óbvio, das letras mais batidas e trazer algo novo. Porém, esse algo novo é o que muitas bandas tem feito hoje em dia, mas que de forma alguma tira o mérito dos canadenses, principalmente por eles terem acertado com maestria na dosagem das composições e, principalmente, terem levado a sério os arranjos vocais e lançando uma Punk-Opera com toques de musical de uma forma muito mais forte do que o “American Idiot”, por exemplo. Um dos melhores trabalhos dos caras, e um dos grandes lançamentos do ano.

01. Reason To Believe
02. Screaming Bloody Murder
03. Skumfuk
04. Time For You To Go
05. Jessica Kill
06. What Am I To Say
07. Holy Image Of Lies
08. Sick Of Everyone
09. Happiness Machine
10. Crash
11. Blood In My Eyes
12. Baby You Don’t Wanna Know
13. Back Where I Belong
14. Exit Song

Nota 9


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Sum41 – “Screaming Bloody Murder”

Tracklist

Lineup

Rroio

Viking oriental colecionador de discos, músico frustrado e um eterno incansável explorador dos mais obscuros confins do mundo da música.

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