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Queensrÿche: Operation Images For Order


1982 – Queensrÿche

Apesar de ser apenas um EP, podemos dizer que foi graças às músicas aqui apresentadas, lançadas de forma independente, é que o quinteto teve a fama alavancada já no início da carreira graças ao contrato com a EMI. Como um bom debut, a simples capa mais parece a tela de abertura de algum jogo barato de Mega drive, em tons de amarelo e roxo. Por sorte, a banda não manteve o logo horrendo como fixo.

1984 – The Warning

Uma mão gigante (ou seria perspectiva?) tirando cartas de tarô em um nível universal para o planeta Terra. A mão tira a carta “O Aviso” (with lasers), que faz muito sentido quando comparada com a letra da faixa título, que fala sobre o fim do mundo evidente, e como os sinais vem sendo dados e ninguém percebesse além do eu-lírico. O símbolo clássico da banda não aparece aqui como destaque, apenas no canto superior da carta virada.

1986 – Rage For Order

A idéia por trás da arte desse disco talvez seja apresentar o Queensÿche como uma instituição global, cujo lema é “Rage For Order”. Obviamente essa é apenas uma suposição, mas tanto o símbolo da banda (que aparece pela primeira vez aqui em uma capa– ele já havia aparecido no “programa de turnê” do primeiro álbum -, o que torna essa capa importantíssima) sob um planeta, e no fundo em planos cartográficos. Detalhe interessante é que nas prensagens iniciais, o fundo da elipse era azulada, o que atrapalhava as letras em dourado, sendo substituído então posteriormente pelo fundo preto.

1988 – Operation: Mindcrime

Um dos álbuns mais clássicos da história do Metal, “Operation: Mindcrime” foi o que realmente levou a carreira dos americanos a um patamar muito acima, graças às excelentes composições e a turnê, completamente calcada no conceito do disco, sobre o personagem catatônico em um hospital que começa a lembrar de como chegou ali (certo, Arjen Lucassen?), e as músicas vão recontando a trama bem anos 80 sobre revoltas e derrubadas de governos. A capa, com um estilo bem parecido com o adotado pelo Napalm Death em suas capas, como uma colagem de fotos em preto e branco. Não é muito bonita e poderia ser muito mais desenvolvida, mas o símbolo ali se tornou um marco do Prog Metal.

1990 – Empire

Se a capa do EP parecia um pouco com um logo de videogame antigo, “Empire” vai totalmente “pra frente” e lança o símbolo da banda no melhor estilo “computação gráfica 1990”. E o que falar então da disposição das letras do título do disco? Ainda mais se considerarmos que a faixa título trata do problema de tráfico de drogas nos EUA e a criminalidade com ela relacionada. Mas tudo bem, pois a feiúra da capa não diminuiu em nada as vendas estratosféricas do disco, graças ao single “Silent Lucidity”.

1994 – Promised Land

Apesar do sucesso que a banda tinha na época, “Promised Land” é um registro mais sombrio e introspectivo, que podemos ver principalmente na faixa título, que trata de pessoas que já estiveram no topo e agora estão no fundo do poço. A capa do disco, apesar de muito boa (e com uma cara bem anos 90) não apresenta nenhuma relação se considerarmos que parece um ídolo egípcio / asteca / inca com o símbolo da banda esculpido em madeira. Na imagem completa, podemos ver que é um totem em uma região alagada e completamente desolada, belíssima mesmo, fazendo um interessante contraste com o título.

1997 – Hear In The Now Frontier

Quando a banda começou a acentuar o seu lado mais simples e Pop (algumas pessoas fazem uma relação com a alta do Grunge em Seattle e a proximidade da banda com figuras importantes da produção de bandas desse estilo). Último álbum antes da quebra da EMI e da saída da mente criativa da banda, o guitarrista Chris DeGarmo, a arte da capa é muito bem feita por Hugh Syme (quem não se lembra, é o responsável pelas capas do Rush – vocês devem ter notado a semelhança), que apesar da beleza, não combinou nem um pouco com o Queensrÿche.

Rroio

Viking oriental colecionador de discos, músico frustrado e um eterno incansável explorador dos mais obscuros confins do mundo da música.

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