Progcast - Sua Dose Semanal de Rock Progressivo

Neo Partus “Deixados Para Trás” 2013 #010


Steak Number Eight – The Hutch

sn8th

Um dos nomes ascendentes do heavy metal belga (!), o Steak Number Eight é considerado uma das grandes bandas surgidas no país nos últimos anos – em partes por ter vencido alguns concursos de música por lá quando seus integrantes tinham apenas 15 anos, e isso nem faz tanto tempo assim. The Hutch é o segundo álbum da banda, três anos após o elogiadíssimo All Is Chaos, dando continuidade à mistura de post rock com sludge, altamente influenciado por bandas como Pelican, Isis, Neurosis e Mastodon, e indo além. Faixas carregadas de emoção, alternando entre passagens arrastadas e momentos de pura tranquilidade, o Steak Number Eight lança um trabalho que tem tudo para figurar entre os grandes álbuns de 2013.

01. Cryogenius
02. Black Eyed
03. Photonic
04. Push/Pull
05. Pilgrimage of a Black Heart
06. Exile Of Our Marrow
07. The Shrine
08. Slumber
09. Ashore
10. Rust
11. Tearwalker

Brent Vanneste – vocal / guitarra
Joris Casier – bateria
Jesse Surmont – baixo
Cis Deman – guitarra

Nota 4,5/5

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Stolas – Living Creatures

Seguindo a escola do post hardcore de bandas como Protest The Hero e Exotic Animal Petting Zoo, o Stolas é uma banda de Las Vegas com fortes tendências experimentais, sem medo de arriscar ou soar excessivamente virtuosos, e tem como principal destaque as melodias vocais, que definitivamente fogem do padrão do estilo (aos que estão familiarizados com Coheed and Cambria e The Mars Volta talvez notem ligeiras semelhanças). Em todo caso, um disco excelente que sai dos caminhos comuns, em uma vertente que muita gente acaba torcendo o nariz.

01. Thief & the Hourglass
02. Circuit Theory
03. Our Last Night on Earth
04. Time & the Sun
05. The Greatest Illusion
06. Destroyer
07. Medusa
08. Year of the Light
09. Panic
10. Captured Light

Carlo Marquez – vocal / bateria
Sergio Medina – guitarra
RJ Reynolds – baixo
Jason Weiche – vocal / guitarra

Nota 4/5

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Supuration – CU3E

Apesar de vendido como progressive death metal, CU3E, o novo álbum do Supuration é mais um dos exemplos em que identificar esses famigerados elementos de prog não é tarefa das mais fáceis. O que podemos ouvir aqui é um death metal com fortes tendências melódicas, que inclui alguns elementos de doom e gothic, bem como passagens um pouco mais teatrais, mas não vai muito além disso.

01. Sinergy Awakes
02. Introversion
03. The Disenthrall
04. Consumate
05. The Incongruents
06. The Delegation
07. Data Dance
08. The Flight
09. The Climax

Ludovic Loez – vocal / guitarra
Fabrice Loez – guitarra
Frédéric Fievez – baixo
Thierry Berger – bateria

Nota 3/5

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Tenebris – Alpha Orionis

Se o álbum anterior dessa lista não entra facilmente dentro dos padrões do progressivo, os poloneses do Tenebris cumprem a proposta com louvor: Alpha Orionis é o segundo álbum depois do período em que a banda esteve em hiato, e é mais um passo nos novos caminhos musicais que eles vêm seguindo. Um metal progressivo sobre bem encaixadas doses de ritmos tribais, alternância de vozes, e toques de space rock que se mesclam de forma bem homogênea ao seu som primordial (talvez explicado pelos temas líricos ligados ao universo / alienígenas). Mais um interessante nome entre os inúmeros discos que tem saído da Polônia em 2013, e definitivamente merece uma audição cuidadosa.

01. PSI’k On Out
02. Of Zerpanitum
03. Cold Star
04. Adha Pawn
05. Sempiternal Regnum
06. Punishment Vision
07. Black Ezekiel
08. Trembling Giant
09. Alpha Orionis

Szymon – vocal / guitarra
Karki – teclado
Primer – guitarra
Bartek Sapota – baixo
Grzegorz Graczyk – bateria

Nota 4/5

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The Aurora Project – Selling The Aggression

Citando as corriqueiras influências de sempre, os holandeses do The Aurora Project fazem parte do time de bandas de metal progressivo que foca na melodia e na atmosfera, ao invés da virtuose dominante de outros tempos. Com referências como Porcupine Tree e Anathema, a verdade é que o que podemos ouvir em Selling the Aggression está mais para um rock progressivo com elementos de metal em boa parte do álbum, e não o contrário, remetendo um pouco ao som dos brasileiros do Deventter, no álbum Lead… On. O prog metal ainda tem salvação? Aguardaremos para ver.

01. Dualistic Consciousness
02. Turning Of The Tide
03. Selling The Aggression
04. The Oil Supremacy
05. The Sense Of Reality
06. Speeding Up Of Time
07. Newtopia

Dennis Binnekade – vocal
Remco Berg – guitarra
Marc Vooys – guitarra
Rob Krijgsman – baixo
Mox Guyt – teclado
Joris Bol – bateria

Nota 3,5/5

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The Circle Ends Here – The Division Ahead

Outra banda italiana a sair do rock progressivo e power metal tradicional de seu país, o som do The Circle Ends Here não é um dos mais simples de categorizar. Porém, se pudéssemos chegar perto, diríamos que poderia ser um híbrido entre post hardcore e post metal, lembrando um pouco bandas como Isis e Cult of Luna. The Division Ahead é o primeiro álbum depois do EP de estreia, Where Time Leaves The Rest, de 2011 e é mais uma interessante obra para quem está acompanhando de perto os novos rumos que o heavy metal vem tomando nos últimos anos.

01. Remiss
02. Rift
03. Porcelain
04. Frail
05. Transcend
06. Nescience
07. Lakes
08. Monument

Johnny Lonack – vocal
Marco Giannini – guitarra
Francesco Murtas – guitarra
Francesco Lizzi – baixo

Nota 4/5

Rroio

Viking oriental colecionador de discos, músico frustrado e um eterno incansável explorador dos mais obscuros confins do mundo da música.

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