“Deixados Para Trás” 2013 #002
Continuando a lista de micro reviews [clique aqui para conferir a primeira parte]
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Benea Reach – Possession
Agregando influências que vão de Neurosis e Cult of Luna a The Dillinger Escape Plan e Tool, o Benea Reach é uma banda norueguesa de math metal que recebeu considerável destaque ao ter o seu disco de estreia, Monument Bineothan, indicado para o Spellemannprisen (o Grammy norueguês). Possession é o seu terceiro trabalho de estúdio, lançado pela Spinefarm Records, e se mostra cada vez mais longe da sonoridade do início da carreira, soando com cada vez mais elementos progressivos, atmosféricos e sludge aliados ao math/metalcore característico, como se atualizasse à sua maneira estes estilos, de forma muito interessante.
01. Woodland
02. The Mountain
03. Desolate
04. Nocturnal
05. Crown
06. Empire
07. Shedding Skin
08. Fallen
09. Constellation
10. The Dark
11. Aura
Ikka Viitasalo – vocal
Thomas Wang – guitarra / sintetizadores
Martin Sivertsen – guitarra
Andreas Berglihn – guitarra
Mikael Wildøn – baixo / sintetizadores
Marco Storm – bateria
Ombeline Chardes – violino / viola
Elisa Herbig – violoncelo
Nota 4,5/5
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bilo’u – Jouran Swirl
Considerando que se trata de uma banda japonesa, imediatamente não esperamos estruturas ou estilos musicais ou qualquer outra coisa que consideramos convencional, certo? E o bilo’u (com letra minúscula mesmo) não foge a regra: o quinteto pratica algo que permeia entre mathcore, deathcore, alguns toques de música tradicional japonesa e trechos que parecem ter saído da mente de King Diamond. Isso tudo tocado de forma caótica, esbarrando várias vezes no lado mais agressivo da música extrema para em questão de segundos se transformar em momentos de pura tranquilidade. Interessante e severamente incompreensível.
01. When You Want to be a Darwin,You Will Hear Chain Of Clicking Tongue
02. Tabla Rosa
03. Sharp Light Illuminates Your Bag
04. Shimmer
05. Mud at the Base of Lotus
06. 1887
07. Baby’s First Dream
08. Swallow A Series of Points
Shinichi Takahashi – vocal
Keisuke Takadate – guitarra
Makito Furuhata – guitarra
Yuki Kozu – baixo
Koji Fukase – bateria
Nota 3/5
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Blaak Heat Shujaa – The Edge of an Era
A sonoridade apresentada por esse trio francês em seu segundo disco, The Edge of an Era não é exatamente de fácil classificação, tampouco assimilação, ainda que a sua temática seja simples e agradável. Em poucas palavras, poderia ser definido como um desert rock com fortes tendências stoner e psicodélicas, principalmente pela ótima atmosfera de imersão que o ritmo constante e repetitivo dos instrumentos proporciona. Uma longa viagem. E das fortes.
01. Closing Time, Last Exit
02. The Obscurantist Fiend (The Beast part I)
03. Shadows (The Beast part II)
04. Society o Barricades
05. Pelham Blue
06. Land of Freaks, Home of the Brave
ThomasBellier – vocal / guitarra
Antoine Morel-Vulliez – baixo
Mike Amster – bateria
Nota 3/5
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Bovine – The Sun Never Sets On The British Empire
Algumas bandas conseguem surpreender exatamente pela simplicidade da sua música, e os ingleses do Bovine são uma delas. Com claras influências de grunge, stoner e sludge, a música presente em seu disco de estreia The Sun Never Sets On The British Empire soa como se Mastodon e Baroness estivessem no meio da cena de Seattle (ou algo parecido). Riffs memoráveis e passagens de bateria que beiram ritmos psicóticos, aliados à uma excelente interpretação vocal garantem aos britânicos um dos mais recomendados debuts de 2013.
01. Barium
02. Ghost Chair
03. Thank Fuck I Ain’t You
04. Heroes Are What
05. The Sun Never Sets On The British Empire
06. The Battle of the Sinkhole
07. Aneugenic
08. I Will Make You Real
09. Military Wife
10. Not Another Name
Thomas Peckett – vocal / guitarra
Christophe Schaunig – vocal / baixo
Marcus Wulfgang – vocal / guitarra
Damon Cox – bateria
Nota 4/5
Viking oriental colecionador de discos, músico frustrado e um eterno incansável explorador dos mais obscuros confins do mundo da música.