Progcast - Sua Dose Semanal de Rock Progressivo

Oceanos topográficos III


Ufa, finalmente chegamos na conclusão das capas do Yes…

Para acessar a parte I deste post, clique aqui e para ler a parte II clique aqui

1991 – Union

Em uma tentativa de juntar os dois projetos em uma coisa só e voltar com o line-up original da banda, o Yes lançou em “Union” algo com a colaboração de Rick Wakeman, Bill Bruford e Steve Howe, flertando mais com as suas próprias raízes progressivas, o que chocou novamente o mercado e não foi um estrondoso sucesso de vendas. A arte novamente foi encomendada para Roger Dean, em um estilo muito mais próximo aos anos 70 (paisagens paradisíacas com toques psicodélicos), dessa vez com a obra “Tsunami”. Não fica muito clara a relação com o título do trabalho…

1994 – Talk

Último álbum com Tony Kaye e Trevor Rabin (que produziu o álbum, inclusive e tomou total controle na sua composição), “Talk” tinha como objetivo colocar o Yes nos anos 90, com uma sonoridade bem mais voltada para a guitarra e para o Pop. Não atingindo vendas nem para chegar ao disco de ouro, passou praticamente despercebido pela mídia. Novamente na tentativa de inovar, a arte do álbum foi desenvolvida pelo artista pop Peter Max, e lembra até um pouco as artes dos trabalhos do Genesis nessa mesma época.

1997 – Open Your Eyes

Depois do projeto pseudo-live “Keys To Ascension”, reunindo a formação clássica com Steve Howe e Rick Wakeman, a banda entra em estúdio para um novo álbum de músicas inéditas. Nessa mesma época, o nervosinho Wakeman sai da banda novamente, abrindo espaço para a entrada de Billy Sherwood, tecladista que vinha trabalhando com Chris Squire no seu projeto “Conspiracy”. Apostando novamente no Prog, a arte gráfica não segue a mesma tendência: apenas o logo da banda naquele efeito sunburst sobre um fundo preto.

1999 – The Ladder

Responsável pelo real retorno da banda as suas raízes progressivas (mantendo algumas características agregadas com o tempo), “The Ladder” foi um grande sucesso entre os fãs e crítica. Este álbum também marca a entrada de Igor Khoroshev enquanto Billy Sherwood assume as guitarras junto com Steve Howe. A arte, novamente pelo mestre Roger Dean, é uma das mais icônicas de toda a carreira da banda e traz a mesma aura setentista, ainda que o álbum tenha sido lançado na beirada do século XXI. Estranho, os álbuns com a arte de Dean são os melhores musicalmente também…

2001 – Magnification

O último álbum de estúdio até agora, e um dos seus maiores sucessos criativos depois da década de 70, “Magnification” traz de volta alguns aspectos megalomaníacos, como a utilização de uma orquestra completa na gravação (afinal de contas, eles estavam sem um tecladista). Não encontrei informações sobre o autor da arte, mas não me parece ser de algum artista que já tenha trabalhado com eles. O clima meio espacial da capa, com aqueles desenhos que mais parecem constelações acabam tendo um resultado um tanto quanto non-sense.

Como eu disse, a banda teoricamente continua na ativa, assim como os seus membros em carreiras ou projetos paralelos, sendo que os shows do Yes hoje em dia continuam lotando estádios mesmo que a 10 anos sem lançar trabalhos novos. Segundo Chris Squire, os planos de lançar um álbum novo estão no papel desde 2008, dessa vez com Oliver Wakeman e Benoi’t David, no teclado e vocais, respectivamente. Por outro lado, em nenhum momento se anunciou a saída oficial de Jon Anderson.

Então, ficamos na expectativa…

Bons sonhos

Rroio

Viking oriental colecionador de discos, músico frustrado e um eterno incansável explorador dos mais obscuros confins do mundo da música.

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