Progcast - Sua Dose Semanal de Rock Progressivo

Oceanos topográficos II


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Dando continuidade às capas do Yes, voltemos ao ano de…

1977 – Going For The One

Depois de um pequeno break nas atividades da banda, quando seus membros lançaram alguns trabalhos solo, “Going For The One” marca o retorno de Rick Wakeman para o line-up da banda, mas pode ser considerado um dos mais subestimados trabalhos da banda. Depois de uma sucessão de artes de Roger Dean, a banda resolve mudar e contratar outro medalhão da época: Hypgnosis. A imagem da capa traz as conhecidas “Torres Gêmeas de Los Angeles” (Century Plaza Towers) com um homem nu olhando para elas. Ok, what is it for???

1978 – Tormato

Um álbum meio confuso, “Tormato” não agradou na totalidade nem os críticos, nem os fãs e nem a própria banda. As músicas mudaram o seu direcionamento, mais curtas e simples e, como declarado posteriormente, os próprios integrantes estavam meio “perdidos” musicalmente naquela época. Originalmente, o álbum se chamaria “Yes Tor”, mas quando Rick Wakeman (sujeito nada nervoso) viu as fotos que a Hypgnosis tirou para ilustrar o álbum, ficou tão frustrado que arremessou um tomate contra a imagem. As fotos foram ajustadas depois e acabaram virando a capa do álbum. Vai de cada um acreditar nessa historinha agora…

1980 – Drama

Um momento peculiar na carreira, o décimo álbum de estúdio do Yes é o único em toda a carreira sem o vocalista Jon Anderson, que após o lançamento de “Tormato” se desligou da banda (levando Wakeman consigo), alegando diferenças musicas e financeiras (ok, isso foi estranho). Dessa forma, o restante do line-up recrutou Trevor Horn e Geoff Downes, para os vocais e teclados, e gravou “Drama”, ainda que desanimados com o fracasso do trabalho anterior. Voltando de onde nunca deveria ter saído, Roger Dean volta a ser contratado para ilustrar o álbum, mostrando uma paisagem gélida, com aqueles gatos pretos malucos correndo. Fica evidente o quanto a arte é diferente dos outros álbuns, retratando muito mais uma certa influencia das artes pop do final dos anos 70 e começo dos 80. Vale citar que em 1981, o Yes anunciou oficialmente o fim de suas atividades, pelo menos até…

1983 – 90125

Marcando a volta de Jon Anderson a banda e outra mudança brusca na sonoridade, “90125” foi o resultado de inúmeros projetos paralelos em que os membros se envolveram no período de hiato. O Prog Rock sinfônico praticado dá lugar ao típico Pop Rock oitentista, com uma certa nuance New Age até, o que com certeza não agradou em muito os fãs antigos. O próprio título do álbum não traz nada de muito diferente, mas é apenas o número da banda no catálogo de sua gravadora (¬¬), assim como a própria capa, que fica difícil definir qual a idéia por trás: um disco que parece um gráfico colorido, sendo que as linhas a sua volta parecem formar o símbolo do feminino. O que realmente me lembra essa imagem é um daqueles jogos dos anos 80, sabem? Que piscavam as luzes em uma seqüência e depois a gente tinha que repetir?

1987 – Big Generator

O sucesso comercial do álbum anterior conseguiu, de alguma forma se repetir em “Big Generator”. O décimo-segundo álbum demorou mais de dois anos para ser gravado e lançado pelo simples fato que o guitarrista Trevor Rabin e Jon Anderson estavam tendo conflitos criativos na composição do álbum: um queria continuar a onda POP dos anos 80, enquanto o vocalista queria algo mais voltado para o som clássico do Yes. A arte do álbum, mantendo a tendência desta década, com cores berrantes e letras quadradamente futuristas não trazem nada de realmente interessante, ahn?

Caraca, que discografia gigante… Então para não cansar vocês, a terceira (e última!) parte da Imago sobre o Yes irá ao ar no sábado, dia 12/06!

Bons sonhos

Rroio

Viking oriental colecionador de discos, músico frustrado e um eterno incansável explorador dos mais obscuros confins do mundo da música.

3 respostas para “Oceanos topográficos II”

  1. […] Para acessar a parte I deste post, clique aqui e para ler a parte II clique aqui […]

  2. Arthur disse:

    É interessante perceber também que a capa do Big Generator traz o MESMO símbolo do álbum anterior, com a diferença de que os traços retos viram arcos quase se fechando em circunferências.

  3. Arthur disse:

    É interessante observar também que o álbum Big Generator traz o mesmo estranho símbolo que o anterior (90125). Com a diferença de que os traços retos viram arcos, que quase se fecham em circunferências.

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