Focus: O ferro de passar voador II
1976 – Ship Of Memories
Esse álbum na realidade é uma compilação de material até então não lançado / raro. Uma forma de pegar aquelas fitas de rolo que sobraram com gravações de álbuns anteriores e que não entraram na versão final do disco e lançar como algo inédito. Fazendo uma referência ao álbum anterior (aonde o mesmo tipo de navio aparece) e ao fato de ser material antigo (“memories”), a capa de “Ship Of Memories” não é lá muito atrativa e uma das piores em uma discografia sem capas muito bonitas, convenhamos.
1978 – Focus con Proby
Apesar da controvérsia, o disco do Focus colaborativo com o cantor PJ Proby, de R&B e Pop que atingiu relativo sucesso na década de 60 novamente tem uma capa sem nada de especial ou significado, além da bonita moldura. A impressão é que eles simplesmente pensam “ok, com o que embalaremos nosso disco dessa vez?”.
1985 – Focus
Mais um álbum colaborativo entre o fundador Thijs van Leer e o guitarrista Jan Akkerman, mais uma capa sem nenhuma relação com nada.
2002 – Focus 8
Álbum que marca o retorno da banda para um approach mais Progressivo (deixando um pouco de lado o Pop e o Disco dos últimos), apesar de simples, eles finalmente acertaram nesta belíssima capa, mesmo que ela não tenha nenhum sentido muito profundo por trás.
2006 – Focus 9
Daí eles voltam quatro anos depois com essa capa que mais parece um cenário de programa do SBT, não fazendo jus de maneira nenhuma ao retorno do baterista clássico Pierre van der Linden e à sonoridade que os consagrou na década de 70.
Como puderam ver, o Focus nunca foi lá muito coerente nas suas capas, infelizmente, pois uma música como a deles praticamente pede um apelo visual, para tornar a experiência de apreciação da obra ainda mais profunda e imaginativa.
Rroio Viking oriental colecionador de discos, músico frustrado e um eterno incansável explorador dos mais obscuros confins do mundo da música.