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Evanescence – “Evanescence”


Um dos queridinhos da rádio lá pelos idos de 2003, 2004, o Evanescence ficou meio apagado depois do lançamento do seu último disco “The Open Door”, em 2006, talvez por não ter atingido o estrondoso sucesso que foi o seu debut e pelos mais diversos conflitos internos que modificou basicamente todo o line-up.

Depois de muitas promessas e adiamentos (incluindo uma troca de produtor e o recomeço das gravações depois deu m período inativo), o Evanescence finalmente entrou pra valer no estúdio Blackbird acompanhado de Nick Raskulinecz, com a promessa de lançar um álbum melhor, mais forte e mais interessante, com elementos mais épicos, sombrios, sentimentais e belos. Bastante coisa não?

“What You Want” começa a saltar das caixas de som (ou do fone, como queira) e você se pergunta se realmente colocou o álbum certo. Não fossem os vocais realmente característicos de Amy Lee, poderíamos jurar que se trata de um álbum daqueles ídolos pop adolescente. Ok, não que o Evanescence não seja exatamente assim, mas eles sempre tiveram um pé mais forte no Metal e no Rock do que no Pop. Mas aqui o que vemos é uma banda bem mais apelativa (no bom sentido), com um instrumental que não impressiona, efeitos de piano e teclado a frente, assim como o vocal comandando tudo (aliás, como ela está cantando é impressionante). “Made Of Stone”, em seguida, traz resquícios da mescla de New Metal e Gothic do primeiro álbum, com direito até a um solo de guitarra bem encaixado, enquanto “The Change” retoma a forte veia Pop, uma mezzo balada que consegue manter ainda o pé no som já característico da banda, já que a balada mesmo vem com “My Heart Is Broken”, meio dançante e bem soturna, mas que não chega a empolgar exatamente. A próxima música “The Other Side” resgata mais um pouco do Evanescence dos outros álbuns, com um instrumental bem montado, mas sem uma melodia que pegue o ouvinte realmente, como outros grandes clássicos. E por falar em bom instrumental, o piano conduz a música em “Erase This”, uma das mais bem construídas da carreira deles, com ótimas mudanças de andamento e o uso inteligente dos efeitos de orquestra.

A belíssima balada “Lost In Paradise” dá continuidade ao álbum. Ainda que não seja marcante como uma “My Immortal” da vida, aproxima-os muito de bandas grandes de Gothic/Symphonic Metal, e, porque não, até de algumas bandas mais épicas de Power Metal, uma das grandes músicas do álbum, enquanto “Sick” e “End Of The Dream” tentam resgatar novamente as raízes da banda, mas não funcionam exatamente como o esperado, soando um tanto quanto apagadas no meio do disco. “Oceans”, em seguida, aposta novamente nas influências góticas enquanto “Never Go Back” puxa mais para o lado Metal da coisa, mais dois bons momentos, que se não chegam a ser destaques absolutos, garantem o lugar no álbum. “Swimming Home” fecha o disco, uma balada eletrônica bem atmosférica, uma letra legalzinha, mas nada realmente marcante.

Analisando friamente, o Evanescence não mudou muito desde o aclamado “Fallen”, lançado distantes oito anos atrás. Trazendo para o cenário atual da música, chega a ser difícil saber se eles ainda tem algum espaço, ao insistir nas mesmas idéias. Evidentemente, os músicos são extremamente competentes e Amy Lee está cantando como nunca, mas tirando alguns bons momentos no álbum (principalmente quando eles investem um pouco mais no eletrônico e no lado sinfônico), o resto soa como mais do mesmo, com pouco ou nenhum atrativo e que definitivamente não funcionam mais.

01. What You Want
02. Made Of Stone
03. The Change
04. My Heart Is Broken
05. The Other Side
06. Erase This
07. Lost in Paradise
08. Sick
09. End Of The Dream
10. Oceans
11. Never Go back
12. Swimming Home

Line-up:

Amy Lee – Vocal / Piano
Terry Balsamo – Guitarra
Troy McLawhorn – Guitarra
Tim McCord – Baixo
Will Hunt – Bateria

Nota 6

Evanescence Evanescence

Tracklist

Lineup

Rroio

Viking oriental colecionador de discos, músico frustrado e um eterno incansável explorador dos mais obscuros confins do mundo da música.

2 respostas para “Evanescence – “Evanescence””

  1. Luccas Camilo disse:

    Boa resenha nao pego tao pesado como ja havia visto em algumas que andei lendo… mas em resumo nunca vou comprar esse disco hahahaha.

  2. Minea Nunes disse:

    Não consigo aguentar a voz dessa mulher, acho sem emoção alguma, uma das melhores coisas atuais que ouvi com vocal feminino é Amaranthe, banda sueca. Coisa linda! 😀

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