Progcast - Sua Dose Semanal de Rock Progressivo

Ego Trip – Os TOP 100 álbuns: Lado B – Prog Metal


Vamos lá, continuando agora em uma área um pouco mais perigosa! Os 10 discos de Prog Metal da minha lista.

 

Ayreon – 01011001

 

Arjen Lucassen, o holandês gigante maluco que criou uma epopéia sobre alienígenas, extinção, tecnologia, viagens espaciais e temporais e tudo mais que se possa imaginar, chegou ao ápice do projeto Ayreon com “01011001”. Além de reunir os vocalistas em maior evidencia no Metal atual, o álbum duplo é uma peça única, heterogênea, fazendo quem ouve viajar por diferentes lugares, dentro de um mesmo disco e em um curto período de tempo. Ele disse que vai demorar um longo tempo até sair um novo do Ayreon. Fica a dúvida se ele tá inventando algo ou resolveu sair enquanto está por cima. Em todo caso, “01011001” é uma covardia, se comparado com outras bandas.

 

Dream Theater – Awake

Ao lado de “Train Of Thought”, “Awake” não é apenas uma das poucas coisas do Dream Theater que me descem, como acho um trabalho exemplar de Progressivo. Apenas escolhi este porque  “ToT” foi intencionalmente feito para soar pesado, e por mais que eu goste, é uma atitude um tanto quanto deprimente. Sendo assim, o 3º disco dos caras é Prog Metal na sua mais pura forma, sem invenções, uma megalomania ainda contida, e um trabalho pelo coletivo. Se não fosse por “Erotomania”, seria melhor ainda.

 

Circle II Circle – Burden Of Truth

Zakk Stevens foi o único membro do Savatage que conseguiu ter uma carreira sólida depois de sair da banda (se não contarmos Alex Skolnick e Al Pitrelli, mas esses já eram famosos antes), com o seu Circle II Circle, que basicamente é uma continuação da sua história no grande Sava (com sutis diferenças). “Burden Of Truth”, o terceiro disco pode até ser meio oportunista (é baseado no Código DaVinci), mas é um álbum coeso, equilibrado, e acima de tudo, uma das maiores performances de Stevens como vocalista.

 

Mastodon – Crack The Skye

Muitas pessoas ainda tem um certo preconceito com o Mastodon, em partes pelo exagero de atenção que eles tiveram alguns anos atrás, o que afastou alguns dos metalheads mais antigos: muitos diziam que eles eram a salvação do Metal, mais ou menos o que dizem do Avenged Sevenfold hoje. Particularmente eu também tinha esse preconceito, mas foi com “Crack The Skye” que a banda convenceu muita gente do seu realmente potencial: riffs certeiros, letras inteligentes, técnica, uma mistura de Prog, Death, Hardcore e Stoner raro de se ver.

 

Savatage – Dead Winter Dead

Savatage é uma das minhas bandas favoritas, e o ápice criativo deles foi com “Dead Winter Dead”, último álbum com Stevens nos vocais, junto com o grande Jon Oliva. O álbum conceitual traz um sentimento até gélido, um clima de guerra em meio a neve, mas ao mesmo tempo traz mensagens fortíssimas, como no final de “Not What You See”. É um álbum que deve-se sentar e prestar atenção a cada linha.

 

Porcupine Tree – Deadwing

Quem já passou uma tarde ócio em uma casa no sítio/chácara sem luz enquanto chove lá fora e a única opção é ficar vendo a grama crescer, perdeu uma grande chance de absorver por completo “Deadwing”, de Steven Wilson e seus amigos. Aliás, é até injusto classificar o Porcupine Tree como Prog Metal, até porque o que menos tem nesse álbum é Metal: o seu clima introspectivo, letras viajantes, é suficiente pra prender a atenção e fazer o ouvinte meio que sair flutuando por aí.

 

Pain Of Salvation – Scarsick

Ok, taquem seus ovos e gritem o quanto quiser: o disco que os fãs de Pain Of Salvation mais acham chatos, é o meu favorito. Apesar do discurso anti-EUA do Daniel Gildenlow já ter enchido um pouco o saco e “Scarsick” ter sido o ápice dessa revolta, a diversidade do disco é o que mais chama a atenção: Disco music, Reggae/Ska, Rap, baladinhas, New Metal. Tudo mesclado às características já próprias que a banda construiu nos seus discos anteriores.

 

Riverside – Second Life Syndrome

Sempre que vou apresentar o Riverside para alguém, costumo dizer que é um “Opeth sem Death Metal”… o que pode ser verdade em partes. O som que esses poloneses fazem é algo que traz um sentimento muito parecido com os momentos mais reflexivos e gélidos do Opeth, e a referência é bem óbvia, mas não se limita a isso, com influências que vão de Gothic até música Pop. Não tenho uma preferência entre as discografias dos caras, então escolhi “Second Life Syndrome” por ter sido o primeiro que eu ouvi.

 

Symphony X – The Divine Wings Of Tragedy

A trupe de Michael Romeo possivelmente chegou ao seu ápice criativo com “Paradise Lost”, o álbum responsável pela babação de ovo mundial que aconteceu na sua data de lançamento. Mas muita gente se esquece do longo caminho que a banda percorreu até chegar a isso, já que nenhum dos seus registros anteriores deve alguma coisa para “Paradise Lost”. Ok, talvez o primeiro álbum, mas isso é culpa do vocalista. “The Divine Wings Of Tragedy”, na minha opinião, ainda não foi superado e é de longe o álbum com maior quantidade de clássicos: desde pedras bem Metal à baladinhas, passando pela mega épica faixa título, a faceta mais megalomaníaca dos americanos, praticamente um resumo de toda a sua carreira.

 

Evergrey – Torn

Difícil escolher um álbum na discografia do Evergrey, afinal de contas, é uma das minhas bandas favoritas. Mas, como eu disse no Progcast sobre a banda, “Torn” representa uma vingança pessoal pra mim, que não vem ao caso agora, por isso foi o escolhido.

Os TOP 100 álbuns: Lado B Ego Trip

Tracklist

Lineup

Rroio

Viking oriental colecionador de discos, músico frustrado e um eterno incansável explorador dos mais obscuros confins do mundo da música.

3 respostas para “Ego Trip – Os TOP 100 álbuns: Lado B – Prog Metal”

  1. Vamos lá:

    Pain of Salvation – Be

    Opeth – Blackwater Park

    Ayreon – The Human Equation

    Tool – Lateralus

    Queensrÿche – Operation Mindcrime

    Dream Theater – Scenes From a Memory

    Riverside – Second Life Syndrome

    Gojira – From Mars to Sirius

    Devin Townsend – Deconstruction

    Mastodon – Crack The Skye

  2. Tiago L. Garcia disse:

    "Zakk Stevens foi o único membro do Savatage que conseguiu ter uma carreira sólida depois de sair da banda (se não contarmos Alex Lifeson(???) e Al Pitrelli)". É o poder da "marvada"! rs. É o Alex Skolnick, eu saquei.

    De prog metal eu tenho um top one:

    1 – Everon – Fantasma

    Curto Savatage, mas não enquadraria no gênero. Com o Paul O'Neil a banda passou a ter influência pesada da música da broadway – tanto é que tudo acabou em Trans-Siberian Orchestra.

    Acho legal o Ayreon, mas não é muito minha praia. O mesmo vale para a maioria das outras bandas citadas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *