Progcast - Sua Dose Semanal de Rock Progressivo

Das prateleiras empoeiradas #001: 1967 (parte 1)


Dando início a uma nova série de postagens nessa coluna, iremos abordar a partir de agora listas com algumas obras perdidas ou obscuras da música (basicamente, aqueles que você não consegue encontrar facilmente por aí), seguindo uma linha cronológica. Evidentemente, aqueles que já se aventuraram a fundo no progressivo (e suas influências) de todas as épocas, irá identificar boa parte dos álbuns aqui postados, e eventualmente será apresentado a outros.

Como são vários discos, cada ano possivelmente será dividido em partes, principalmente para não sobrecarregar demais a leitura, sempre seguindo a ordem alfabética.

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The 13th Floor Elevators – Easter Everywhere

O segundo disco do grupo americano liderado pelo vocalist e guitarist Roky Erickson ajudou a estabelecer o The 13th Floor Elevators como uma das primeiras bandas de psychedelic rock, e servindo de inspiração para artistas até hoje. Destaque para os clássicos Levitation e Slip Inside This House, faixa de oito minutos que abre o álbum.

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The Aggregation – Mind Odyssey

Indo por um lado ainda mais agressivo no que diz respeito às viagens ácidas e completamente tresloucadas e além da compreensão, o The Aggregation lançou em Mind Odyssey um trabalho conceitual, aonde relaciona a ida a um parque temático com uma viagem interna (não a toa, os membros da banda trabalhavam no parque do rato mais famoso dos Estados Unidos nessa época). Mind Odyssey teve apenas uma curta prensagem, e no fim a banda acabou se separando e cada um seguindo o seu rumo, de forma que o disco mantém-se como um raríssimo item para colecionadores.

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Art – Supernatural Fairy Tales

Formado por músicos que viriam futuramente a fazer parte do Spooky Tooth (e chegou a contar com Keith Emerson por um curto tempo), o Art lançou apenas um álbum, em 1967, já denunciado pela própria capa como inteiramente mergulhado na psicodelia da época. O título desse disco serviu como referência para um Box lançado pela Rhino Records em 1996, que – ironicamente – não tem nenhuma faixa nem do Art e tampouco do Spooky Tooth.

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The Beau Brummels – Triangle

Banda Americana formada em 64, o grande destaque do The Beau Brummels está na mescla do psychedelic com southern rock e folk americano, levando aos seus cultuados álbuns Triangle e Bradley’s Barn. Triangle é o quarto álbum deles e contou com inspiração em uma série de outros tipos de arte e contou com uma variada gama de músicos no álbum, o que alegadamente resultou na sonoridade inédita do trabalho.

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The Chambers Brothers – The Time Has Come

Parte do pequeno movimento de bandas que mesclava soul e gospel com elementos de psychedelic rock, o The Chamber Brothers ficou conhecido graças ao hit Time Has Come Today e seus onze minutos de duração, presente nesse disco, de 1967.

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Country Joe and the Fish – Electric Music for the Mind and Body

Com temática altamente politizada (bem comum entre a galera hippie e as consequentes bandas formadas na época), o Country Joe and the Fish utilizou suas músicas para engrandecer os protestos contra a guerra do Vietnã, e Electric Music for the Mind and Body é considerado um grande álbum até hoje e uma das influências seminais do progressivo que viria a seguir, não à toa.

Rroio

Viking oriental colecionador de discos, músico frustrado e um eterno incansável explorador dos mais obscuros confins do mundo da música.

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