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Caravan: Se nós pudéssemos, nós pintaríamos tudo de novo


1968 – Caravan

O debut da banda, gravado utilizando equipamento emprestado dos caras do Soft Machine, tem em sua capa algumas peculiaridades: uma referência ao nome da banda e do álbum é claramente visível ali, com o “carro” logo abaixo da imagem, uma tenda mais ao fundo e o camelo bem mais atrás (interessante que Richard Sinclair faria parte exatamente do Camel anos mais tarde – e sim, é apenas uma terrível coincidência). A grande questão é qual seria a relação com os membros com essas roupas semi transparentes, de olhos fechados e ascendendo através de colunas gregas? E o que falar então do sol se pondo ao fundo e a projeção das sombras sugerir exatamente o contrário? Mais atenção aí Keith Davis!

1970 – If I Could Do It All Over Again, I’d Do It All Over You

Considerado um marco do Rock Progressivo e da cena Canterbury, com esse nome deveras longo e exagerado o Caravan definitivamente começou a caminhar com as próprias pernas, graças às ótimas composições. Infelizmente, essa capa e o novo logo adotado não condizem nem um pouco com o material contido: convenhamos, nem o título e tampouco alguma das músicas trata sobre caminhar no meio do bosque de roupa social, e o logo ficou exageradamente pseudo-psicodélico e muito, muito feio. Ah sim… e o que é esse verso também?

1971 – In The Land Of Grey And Pink

Chega a doer os olhos? Sim, com certeza. Mas é uma das mais icônicas capas da histórias do Prog e um dos melhores álbuns do estilo já feitos. “In The Land Of Grey And Pink” é um clássico absoluto, assim como o é a arte retratando um reino épico/medieval/encantado, que parece saído direto de algum livro inglês infantil, cheio de criaturas bizarras e aventuras rpgísticas, certo? (clique na imagem para ampliar)

1972 – Waterloo Lily

A capa deste disco na realidade é uma parte da pintura “The Tavern Scene”, de William Hogarth (de uma série chamada “A Rake’s Progress”, e assim como retratado, a letra da música fala de uma prostituta, de forma até cômica.

1973 – For Girls Who Grow Plump in the Night

Bom, só a capa não mostra muita coisa, para o título (que não é dos melhores – “as garotas que ficam roliças à noite”, ou melhor, grávidas) fazer sentido, temos que ver a imagem inteira.

1975 – Cunning Stunts

Mais um joguete de palavras sexual (se vocês não perceberam, “garotas que engravidam a noite” e “se eu pudesse fazer de novo, eu faria em cima de você” podem ter algumas interpretações), o título deste álbum refere-se ao termo “stunning cunts”, que em tradução livre seria como “bocet* maravilhosa” (perdoem o termo). Evidentemente, a capa não tem nada a ver com essa baixaria, mas ainda assim é tão intrigante quanto: um sujeito comprando um terno mezzo-laranja mezzo-invisível, que não reflete no espelho. Mas heim?

Rroio

Viking oriental colecionador de discos, músico frustrado e um eterno incansável explorador dos mais obscuros confins do mundo da música.

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